Depois de um Inverno "especialmente agressivo", o Governo vai investir cem milhões de euros no combate à erosão costeira e na requalificação das zonas afectadas.
Segundo Dulce Pássaro, ministra do Ambiente, as condições meteorológicas dos últimos meses foram motivo de preocupação em pontos mais vulneráveis, como as ilhas barreiras do Algarve (o caso que requer uma intervenção mais célere) ou a zona da Lagoa de Óbidos, mas "nenhuma situação é irrecuperável".
"Vamos ter de investir mais, em alguns casos, em protecção, recuperação e requalificação", afirmou Dulce Pássaro à Agência Lusa, referindo que os cem milhões estimados para 2010 integram o Plano de Acção para o Litoral 2007-2013, que inclui verbas comunitárias, da administração central e de autarquias.
A ministra disse que o montante vai permitir "salvar a costa" portuguesa e sublinhou que a tutela não se vai coibir de solucionar os problemas a nível da construção que se coloquem nas zonas mais sensíveis.
"Respeitando os direitos das pessoas, temos de actuar, é uma questão de defendermos o bem público e de minimizarmos os riscos", defendeu.
Travar o avanço do mar
Já em Fevereiro, a Administração Regional Hidrográfica do Centro teve de intervir com urgência para proteger a avenida marginal de Ovar das investidas do mar, na praia do Furadouro, numa zona onde habitualmente há acumulação de sedimentos e não erosão.
O organismo informou que tem estado a avaliar uma solução definitiva em colaboração com a Câmara: "Essas medidas passam pela elaboração de um projecto já em curso, para reforço do muro que limita a marginal, e que será alvo de uma candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território, dado existirem riscos evidentes".
Segundo o presidente da autarquia, Manuel Alves de Oliveira, é fundamental intervir também em São Pedro de Maceda, onde o avanço do mar tem sido "muito acentuado" e aumentado o risco para uma base aérea e um antigo aterro.
Na Marinha Grande, a zona que gera maiores preocupações é São Pedro de Moel, onde o inverno provocou mais queda de rochas e as obras de estabilização das arribas só agora vai arrancar.
"A derrocada das arribas está iminente", adiantou o vice-presidente do município, Paulo Vicente, apontando como outra inquietação a Praia da Vieira, cuja erosão atribui em parte ao "alargamento dos pontões do porto da Figueira da Foz".
Mais a sul, a Câmara de Sines considera não existirem situações de "risco de derrocada imediata", mas a palavra de ordem continua a ser, para o presidente Manuel Coelho, prevenir.
A falésia em que assenta a fortaleza do Pessegueiro, a praia da Samouqueira (Porto Covo) e a praia Vasco da Gama (Sines) são apontadas como as áreas mais vulneráveis.
Já no Algarve, ascendem a 14 as praias que foram alvo de reparações de arribas devido às tempestades de mar deste Inverno, incluídas na classe dos anos em que se registaram as situações de rutura mais graves.
Segundo Dulce Pássaro, ministra do Ambiente, as condições meteorológicas dos últimos meses foram motivo de preocupação em pontos mais vulneráveis, como as ilhas barreiras do Algarve (o caso que requer uma intervenção mais célere) ou a zona da Lagoa de Óbidos, mas "nenhuma situação é irrecuperável".
"Vamos ter de investir mais, em alguns casos, em protecção, recuperação e requalificação", afirmou Dulce Pássaro à Agência Lusa, referindo que os cem milhões estimados para 2010 integram o Plano de Acção para o Litoral 2007-2013, que inclui verbas comunitárias, da administração central e de autarquias.
A ministra disse que o montante vai permitir "salvar a costa" portuguesa e sublinhou que a tutela não se vai coibir de solucionar os problemas a nível da construção que se coloquem nas zonas mais sensíveis.
"Respeitando os direitos das pessoas, temos de actuar, é uma questão de defendermos o bem público e de minimizarmos os riscos", defendeu.
Travar o avanço do mar
Já em Fevereiro, a Administração Regional Hidrográfica do Centro teve de intervir com urgência para proteger a avenida marginal de Ovar das investidas do mar, na praia do Furadouro, numa zona onde habitualmente há acumulação de sedimentos e não erosão.
O organismo informou que tem estado a avaliar uma solução definitiva em colaboração com a Câmara: "Essas medidas passam pela elaboração de um projecto já em curso, para reforço do muro que limita a marginal, e que será alvo de uma candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território, dado existirem riscos evidentes".
Segundo o presidente da autarquia, Manuel Alves de Oliveira, é fundamental intervir também em São Pedro de Maceda, onde o avanço do mar tem sido "muito acentuado" e aumentado o risco para uma base aérea e um antigo aterro.
Na Marinha Grande, a zona que gera maiores preocupações é São Pedro de Moel, onde o inverno provocou mais queda de rochas e as obras de estabilização das arribas só agora vai arrancar.
"A derrocada das arribas está iminente", adiantou o vice-presidente do município, Paulo Vicente, apontando como outra inquietação a Praia da Vieira, cuja erosão atribui em parte ao "alargamento dos pontões do porto da Figueira da Foz".
Mais a sul, a Câmara de Sines considera não existirem situações de "risco de derrocada imediata", mas a palavra de ordem continua a ser, para o presidente Manuel Coelho, prevenir.
A falésia em que assenta a fortaleza do Pessegueiro, a praia da Samouqueira (Porto Covo) e a praia Vasco da Gama (Sines) são apontadas como as áreas mais vulneráveis.
Já no Algarve, ascendem a 14 as praias que foram alvo de reparações de arribas devido às tempestades de mar deste Inverno, incluídas na classe dos anos em que se registaram as situações de rutura mais graves.
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