O que relembro… Aqueles momentos velozes em que os simples olhares se cruzam...
Rochas, sons estranhos que se soltam da alma… e que me fazem recordar toda a lenda de uma vida sem rumo nem sentido…
Letárgico olho o vestido de espuma, consigo sentir… o sorriso, até o simples toque... E quando já só restava um dedo, as lágrimas e saudade preencheram a frágil alma… Dor, rancor, … a lembrança do oceano enfurecido…
Naveguei, até ao fundo da alma… percorri destinos que jamais tinham sido visitados…
Criei uma concha, mas tarde de mais, pois tu, por maldade, já a tinhas levado para aventuras jamais pensadas…
As águas tornaram-se agitadas, os maus da história apareceram, o medo, a ideia de incapacidade preencheu a alma, horrorizada, olhava para tudo e para todos...procuro a tudo o custo a minha concha… mas quando chego, está rachada de dor e sofrimento…
O teu cheiro... A tua voz... A tua imagem foi perdida... Nada resta… Sorri demasiado rápido, e o sonho de preenchimento da alma, transformou-se apenas num desejo… numa imagem efémera que jamais vou conseguir realizar…
Afinal, o que era tudo isto? A vontade de nadar para longe… e não conseguir sair do mesmo sitio…
"Obrigado...", e prossegui o caminho que tu começaste por traçar...
Um comentário:
Mas que grande Camões que tu me saiste, da proxima fazes sem soneto, ok?
Um abc
Sengo
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