Por
mais que abra a janela e deixe o resplendor entrar, por mais que mude o invólucro,
por mais que apague as promessas… Nem por um segundo… Nem por um segundo me
esqueço…
Tão
breve a mutação da brisa, tão suave o aroma… Olho, sinto, saboreio sem sair da
minha tarimba… fecho os olhos e voo… Consigo olhar o sorriso tímido no canto da
boca… o cabelo que tapa os olhos que brilhavam ao toque da minha pele no rosto.
Sinto a pressão na minha blindagem de seda, sinto a vibração das palavras do
simples adeus. Saboreio o sabor de menta e canela do recanto do lábio.
Por
mais que pense na dor do descuido, na dor da perfídia… Por mais que coloque na libra
a vontade do nada, o buraco de alma… Nada me faz nem por um segundo perder…
De
que vale a razão? De que vale sensatez? De que vale a liberdade? Quando a nossa
morada está longe do peito… Mesmo assim, nem por um segundo abrando…
Cada
lágrima cai sem ter sentido, cada respiração pede para ser a última… mas:
NEM
POR UM SEGUNDO TE DEIXO DE AMAR!
Nenhum comentário:
Postar um comentário