sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Poder ou puder?

a) «Se eu poder passo em tua casa amanhã.» b) «Não vou poder ir a tua casa amanhã.» Qual das duas frases está correcta? Disse a frase b)? Pois, acertou. Vejamos a distinção: - poder - é o infinitivo do verbo poder (lê-se pudêr). Utiliza-se em construções perifrásticas, antecedido de verbos como ir e haver. - puder - é o futuro do conjuntivo do verbo poder, na 1ª ou 3ª pessoa do singular (lê-se pudér). Usa-se para indicar incerteza, e eventualidade no futuro, por isso, frequentemente vem antecedido de "se", tal como deveria acontecer na frase a) Se eu puder passo em tua casa amanhã .


Fica aqui o esclarecimento ;), que se aplica a mim também porque eu não sabia ;)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O meu amor pelo mundo Farmaceutico...


Meu amigos, mais uma vez vou falar do lobby farmacêutico, algo que há muito tempo me deixa… como poderei dizer isto de maneira leve: -enojado, revoltado, e acima de tudo assombrado.

É provavelmente o mais odioso e poderoso de todos os lobbies. Cria guerras, promiscuidade, lavagem de dinheiro, e muito mais coisas que todos sabem, mas nem todos temos coragem para as dizer.

Se fizermos uma simples pesquisa no Google, ficamos abismados com a quantidade de notícias que surgem todos os dias. Algumas de tal gravidade que fico a perguntar a mim mesmo como é possível ninguém meter mão nisto.

Vou fazer uma comparação para todos perceberem se dizem que a politica é um mal terrível, e que leva a um lobby poderoso, digamos que o lobby farmacêutico é sem dúvida milhões de vezes pior.

Tenho o atrevimento de dizer que este lobby, mata e já matou mais gente que o holocausto. É tempo de mudar de dizer basta… É necessário terminar com este ninho víboras que é o lobby farmacêutico.

Dou como sugestão a contemplação do filme O Jardineiro Fiel, que é baseado no livro com o mesmo nome de John Le Carré. Retrata, quase como um documentário, a máfia da indústria farmacêutica através de um romance entre um diplomata britânico lotado no Quênia e sua esposa Tessa, que decide investigar os procedimentos desumanos de uma companhia que está testando um remédio contra tuberculose na população local.

Aqui fica mais uma notícia maravilhosa sobre o tema

“Farmácias: inspecções alargadas ao Norte, Minho e Centro

Inspecção-geral das Actividades em Saúde, em colaboração com o Ministério Público, vai expandir as inspecções no sector do medicamento a outras zonas do país. Em causa estão fraudes, duplicação de receitas, actos irregulares das farmácias e desvio de medicamentos por utentes.

A intervenção da PJ hoje em várias farmácias na Grande Lisboa, em zonas como o Barreiro e Setúbal, é apenas a primeira de várias acções no sector do medicamento que serão levadas a cabo em coordenação com a Inspecção-geral das Actividades em Saúde (IGAS).

O Expresso apurou que várias situações ilegais têm sido remetidas pela IGAS ao Ministério Público, a fim de serem criminalmente investigadas. Em causa estão fraudes, duplicação de receitas, aptos irregulares das farmácias e desvio de medicamentos por utentes, sobretudo de beneficiários de isenções.

Segundo fonte da IGAS, a atenção das autoridades está focada no crescimento da despesa com medicamentos nos hospitais; nas relações entre médicos, farmacêuticos e laboratórios e no receituário e respectivas vinhetas.

Vigilância reforçada

A Grande Lisboa, o Norte, o Minho e o Centro (na área de Santarém) são as regiões onde os inspectores da Saúde têm detectado mais práticas ilegais e que, portanto, terão agora vigilância reforçada.

"Já chegámos a descobrir que receituário prescrito por um médico foi dispensado numa farmácia a 200 quilómetros de distância, onde o utente nunca tinha estado", revela um elemento da IGAS. Ou seja, há indícios "de duplicação de receituário, sobretudo quando os utentes têm isenções".

A fraude com a prescrição de antidepressivos e de antipsicóticos é outra das situações detectadas, sobretudo na Grande Lisboa.

As práticas ilegais têm sido descobertas com mais rapidez desde que entrou em funcionamento o Centro de Conferência de Facturas do Serviço Nacional de Saúde. Localizado na Maia, o serviço tem como missão verificar todas as facturas a debitar ao Estado. “

IN EXPRESSO

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TRAPO

TRAPO

O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.

Antecipação? Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.

Bem sei: a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.

Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.

Carinhos? Afetos? São memórias…
É preciso ser-se criança para os ter…
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.

Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer…
Quando foi isso? Não sei…
No azul da manhã…

O dia deu em chuvoso.

Álvaro de Campos


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

UMA VONTADE

A vontade é um pingo de chuva,

Levanta-se do fundo da alma

Das profundezas agonizantes da vida.

Uma vontade de ser…

O céu, o ar, o teu ar…

Cai como facas,

Atira-me para as vielas da vida…

Desiludido, a tristeza me absorve,

Uma vontade se ser…

Longe, infinitamente longe…

Vontade de estar longe,

Junto a luz ao fundo do túnel.

Ricardo Santos

13-01-2011

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tempo, ou falta dele…


As vezes a vida passa tão rápido que nem damos por ela a passar.

Ficam sentimentos por contar, gestos presos dentro do peito, simplesmente por sentir vergonha.

É tão triste, só perceber o que realmente vale a pena, quando o risco de o perder é eminente. Por vezes passar por um contratempo ajuda a abrir a mente, seleccionar o que realmente é importante. Fazer uma selecção do que nos faz sorrir, do que nos faz verdadeiramente feliz.

A vida corre, corre depressa, não vale a pena ficar agarrado a pequenas coisas, mas sim ficar agarrado, aos pequenos pormenores…

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Luta...

"...Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?..."

Álvaro de Campos

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

pensamento - um ano, um objectivo...


"Os grandes homens estão muitas vezes solitários. Mas essa solidão é parte da sua capacidade de criar. O carácter, assim como a fotografia, desenvolve-se no escuro."
Youssuf Karsh