O Tempo… uma questão de tempo…
Deixo-me de coisas… deixo-me de saudades…
Parto para extinguir a chama que tentas ver arder…
Não sonho… mas perco as noites…
Esqueço a ideia do beijo… deixo-me de saudades…
Mas busco… procuro a tua presença…
Num ato de insensatez, peço que venhas…
Peço que me busques… mesmo fazendo ruínas…
Deixo-me de coisas… não volto a tombar…
Não quero entender o conceito…
Mas na verdade não deixo a saudade…
Não deixo a ideia…
Hoje finalmente parti tijolo a tijolo… Esta completamente desmontado o meu ser.
Começo, no meio do caos, da pura destruição… algo novo…
No meio de uma dor, que se transfere da alma para o corpo… uma dor que
simplesmente paralisa o meu ser…
Descubro que afinal era
um nada… sempre fui nada… uma simples peça de xadrez que perdeu o seu valor…
Como num ato de misericórdia
procurei a última vez o abraço… o sentimento que valeria a pena o sorriso… pelo
menos o sorriso…
Mas, num simples sopro…
fui destruído tijolo a tijolo… Porque na verdade o que mata não é a distância é
a indiferença…
E agora? Agora nada
existe… nada vale…
Porque… sempre fui nada…
afinal era um nada…
Fico abancado num vazio supremo…
Num estado de êxtase, vagante.
Um pensamento…um apertar…
Num fingimento… na Saudade.
Uma melancolia que só pensa em ti…
Talvez seja um equívoco… talvez um sinal.
Um sinal, não vou contar…
Viver o dia a dia… Seguir…
Não ter… um vazio, um apertar.
Apenas espero… simplesmente…
Simplesmente um sinal…
Sinto-me completamente vazio… não encontro qualquer sentido…
sinto falta… uma saudade que corta a alma em mil pedaços de nada…
Fico de olho no tempo… para que passe… para que pare… sei lá…
Encurralado na própria vontade, numa falsa vontade de não te
ver, não te ouvir, não te ter…
Procuro uma palavra para explicar um sentimento… que apenas
se explica no grito…
Procuro uma emenda… um simples remendo de alma…
Simplesmente um amortecedor… um vazio…
Só queria perceber, como se chega aqui…
Uma emenda sem soneto…
Existem simples instantes que a alma e o corpo encontrar-se separados… Momentos em que uma simples lembrança se metamorfoseia na dor…, uma tormenta…
Sento-me e vejo a luz tremula, que se movimenta num sentido errático,
momento de alma perdida, simplesmente porque não te ouve, não te vê…
Uma tormenta, falta de ar, mata devagar… deixa perdido…
Uma falta desse sorriso, desse olhar que reunifica…
Apesar de não começar e não acabar… sinto-me na tormenta…
Canela e laranja… que por um breve segundo me transforma, como
num passo de mágica me volta a unificar…
Existem mil conjeturas… mil e
uma forma de pensar,… o mundo pode ser vivido em mil multiuniversos…
Podemos tentar mudar a forma
de viver, sentir… Tentar modificar a matriz … A forma de não acontecer aquilo
que mais ou menos magoa, mas sucede que por mais que se tente transformar o
passado, o presente, o futuro…
Parece uma força quântica, nuclear…
Como um ECO gravado na alma… aquela resistência do casulo se lembrar…
Força sobrenatural que une um
corpo e uma alma… por vezes ultrapassa qualquer entendimento que a mente humana
consegue acompanhar…
Mas, no meio de todo o
devaneio de tentar olvidar, uma dor que simplesmente é oblíquo aos multiuniversos…
Concepções de um espírito de saudade…
No final, quando encontramos o
nosso ponto… Existe um ECO… uma lembrança que não esquece o amor, o amor… Um
olhar, um sorriso solto por entre uma conversa banal… Solto um simples e absoluto…
Já não estás perdida… Eu encontrei-te… São três rosas... Num ato de magica, o ECO renasce
e fico perdido num sorriso que não esquece, transforma…
Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas a razão de te amar ... Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura.
Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez.
E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho.
Mas, há mais uma: porque não existir outra como tu.
O meu corpo deixa-me desordenado… Não consigo distinguir o que sinto.
Um simples semblante muda tudo… tantas vezes com a discrição que apenas os olhos apaixonados vêm ou querem ver.
Consigo ler num sorriso, gigabytes de informação, consigo ver através do pano que sem qualquer valor cobre o que sinto, ou desejo sentir…
O mundo gira, estou tão próximo e ao mesmo tempo tão distante…
Bato a uma porta que nem sempre se abre para mim… e lembro-me dos cheiros do pretérito que ressoam dentro de mim como uma arma de destruição massiva.
Volto a sair e como sempre tivesse sido assim os lábios tocam… vivem… tomam conta do mundo…
Começo a sentir o tumulto dentro de mim… e percebo após descansar sem leito…
Um olhar...
Simplesmente um devaneio…
Uma tentativa de esquecer o que não se pode…
Tentar afastar a alma do coração…
E simplesmente, quando chega o momento.
Sinto-me perdido no teu olhar…
Sinto-me perdido no teu sorriso…
No fim de tudo… no momento…
Amo-te sem fim…
