
domingo, 30 de outubro de 2011
Clube Novos Horizontes convida para um grande DEBATE...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Não se Diz ao Triste que se Alegre

Não quero e não quero
jubão amarelo.
Se de negro for
também me parece
quanto me aborrece
toda a alegre cor:
cor que mostra dor,
quero e não quero
jubão amarelo.
Perdigão perdeu a pena,
não há mal que lhe não venha.
Em um mal outro começa,
que nunca vem só nenhum;
e o triste que tem um
a sofrer outro se ofereça;
e só pelo ver, conheça
que basta um só que tenha
para que outro lhe venha.
Luís Vaz de Camões, in "Cartas"
terça-feira, 25 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
FRASE DO MÊS
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Taxas no Município de Sátão disparam

Taxa de saneamento aumenta 108 % e de lixo 50%
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Calçadas e Ferro

Ouço
o palpitar do coração.
Está
na hora…
Vagueando
pela rua, que parece nunca mais ter fim.
Inesperadamente
quando o desespero parece tomar conta, o som do bater do ferro. Sigo na linha
sem fim, onde nada nem ninguém a faz mudar de rumo… Mas uma vez mais o
desespero aparece e tenta tomar conta…mas o milagre acontece, o espelho de água
continua no mesmo sitio, a minha espera como sempre…
Em
passo corrido, afasto-me… Deixo de sentir o ferro bater, desaparecem as pedras,
as encostas… Apenas a dureza do arco, do corrimão… Mais uma vez o desespero
toma conta… Nem as ruínas, os cheiros, a pequena janela aliviam a dor… Bato a
porta, e como por um toque de mágica, desaparece tudo…
Bati
a porta, e a magia acontece…
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
UM TRISTE PENSAMENTO…

Deixo aqui um artigo que publiquem no blog, novos horizontes ;)
Um abraço a todos
http://clube-novoshorizontes.blogspot.com/2011/10/um-triste-pensamento.html
Estou num dia em que não me apetece repreender as imbecilidades dos nossos políticos, nem tão pouco me apetece falar de uma desgraça chamada “Madeira”.
Vou antes falar de um problema que há vários anos mexe comigo, e que não consigo deixar de me preocupar, quer como doente, quer como potencial pai no futuro.
Desde os primórdios da Humanidade até aos dias de hoje, a medicina, como ciência que é, evoluiu desmesuradamente e proporcionou feitos verdadeiramente impensáveis.
Contudo, a medicina é muito mais do que uma simples ciência…é um dom e uma missão para a vida. O verdadeiro espírito de bondade e amor à profissão que um médico deve ter, despojado de sentimentos capitalistas e de proveito próprio, está cada vez mais ameaçado e tem vindo a sofrer alterações dramáticas.
Quando penso nisto, lembro-me de Dr. João Semana, um nome literário criado por Júlio Dinis, mas que assenta, no essencial, na pessoa do Dr. João José da Silveira, médico amigo dos pobres, que nasceu na casa das Luzes, em Ovar, a 29 de Fevereiro de 1813, e que veio a falecer a 29 de Novembro de 1896 na sua casa do Largo de S. Pedro.
Era ele o médico dos pobres, a quem não levava nada pelas consultas e muitas vezes fornecia os pensos e dinheiro para os medicamentos.
Júlio Dinis, ao descrever, em “As Pupilas do Senhor Reitor”, a figura de João Semana, não precisou de criar, de inventar. Pode dizer-se que se limitou a retratar aquele modelo acabado de médico bondoso.
Este ensinamento, é a chave para uma medicina mais humanizada, para que não se perca aquilo que é realmente importante nesta profissão: a dignidade e a vontade de ajudar o próximo.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Mesquinhice

Impressionante o fato dos seres humanos serem tão mesquinhos! O mundo que nos cerca é suficiente para nos fazer esquecer que a matéria nada mais é do que materialidade. Por isso, afirmo que no presente estado da “história”, o homem se tornou mesquinho!
Transferiram para os objectos inanimados a medida de todas as coisas. A moral é moral do mais rico. A ética é a ética do orgulho. O homem serve ao que é externo a si, em vez do externo servir a si mesmo. Esqueceram que um objecto é um simples objecto, e que a importância que ele possui, nós é quem o conferimos. Esqueceram que a mente é meio de transporte, e que poder é simplesmente um “papel”.
Parece que tudo a volta deixou de ser tais como são, para tornarem algo superior.
Como consequência, o próprio homem é banalizado. Sai do centro de formação dos conceitos para se tornar produto desses conceitos. O ser mais fantástico de toda natureza perde lugar para suas próprias criações. Esquece quem é a causa e quem é a consequência.
Tornamo-nos mesquinhos: não somos seres humanos, somos o que temos enquanto seres humanos.
Arte de Bem Receber
Por vezes esquecemos simples gestos…
Escrevi em tempos que só reconhecemos o valor da arte de bem receber quando vamos para longe da nossa bolha de confiança.
Desta vez senti isso em Lisboa, no restaurante do Sr. Vasco Rodrigues. “Cinderela”, é o seu nome…
Um local, com um ambiente acolhedor, de boa comida e boa bebida.
Penso que todos os que estão por Lisboa e arredores deverão ir visitar o espaço.
E deixo o desafio, principalmente aqueles que se sentem cansados do dia-a-dia, de ir comer aqueles lugares chatos de sempre… Porque quem sabe, pode estar presente o Sr. Vasco … e garanto que vão sentir no fim de tudo, que cada segundo ali passado valeu a pena.
http://www.cinderelapastelaria.com/
PS: Ele diz uma coisa muito engraçada: “aqui comer, come-se mal, mas beber, bebes-e muito bem”… Eu diria antes…
A bebida é sim senhor do melhor que há… A comida é excelente… Mas o que verdadeiramente faz a diferença é a amizade e o carinho que são transmitidos… É melhor que estar em casa.
