segunda-feira, 16 de abril de 2012

O último tiro…


Minha Participação no Novos Horizontes...

"Depois de uma preguiçosa ausência prolongada venho, humildemente, pedir o vosso perdão com este pequeno arrazoado.
Venho falar do Tratado Europeu, e da sua aprovação no Parlamento português.
Com ela foi disparado o último tiro para destruir a soberania e a autoestima política que nos resta. Portugal deixa de poder definir as suas metas, bem como o modo e o tempo das suas escolhas pela interferência possível do exterior na nossa Lei Fundamental que tem de ser sagrada; isto é, mesmo no ponto restrito do orçamento a interferência, agora possível, é delicada.
O que foi feito, foi uma desistência política, perante o adversário que parece ser maior.
A questão do Tratado Europeu, ora ratificado, deveria ter sido mais bem explicada aos portugueses e talvez não devesse ter sido considerada tão levemente.
Penso que a grande maioria não se terá apercebido do que foi votado; além disso, é um tratado impraticável que mais parece ser uma manobra da Europa do Centro, em tempo de eleições do que um consenso necessário.
O voto no Tratado Europeu do PS Português foi no mínimo pouco pensado e é difícil entender a subserviência nele implicada mas dou, no entanto, o benefício da dúvida em relação ao momento
delicadíssimo que o país vive.
A social-democracia europeia está entre a espada e a parede e é nesse contexto que temos de viver e nem todos neste nosso Partido Socialista se deixaram convencer e preferiram, ao
quebrar a disciplina de voto, afrontar tudo em nome da sua consciência.
Fico feliz por ver, como disse historiador romano do Séc. IV AC, que no extremo ocidental da Ibéria existe um país tão pequeno que não se governa, não se sabe governar, mas…
também ainda não deixa que ninguém o governe !!!"

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