Cá entre nós, a
servidão, de preferência sorridente, é pois inevitável. Mas não o
devemos reconhecer. Quem não pode fugir a ter escravos, não valerá mais
que os chame homens livres? Por princípio, em primeiro lugar, e depois
para os não desesperar. É-lhes bem devida esta compensação, não acha?
Deste modo eles continuarão a sorrir e nós manter-nos-emos de
consciência tranquila. Sem o que, seríamos forçados a voltar-nos para
nós mesmos, ficaríamos loucos de dor, ou até modestos, tudo é de temer.
Albert Camus, in "A Queda"
Outono no Porto
Há 8 horas
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