terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O financiamento… Filhos e enteados


Temos muitos tipos de financiamento, todos eles favorecem algo ou alguém. Mas será que são justos? São representativos das necessidades? Representam os verdadeiros interesses das populações? São distribuídos equitativamente? São entregues por todos os que precisam e têm direito?
Tantas perguntas e infelizmente existem tão poucas respostas.
Ao que parece, em Portugal ainda existem locais onde o feudalismo impera, sítios onde os tributos do povo ainda são entregues, não pela justiça, pelo mérito, pelo reconhecimento, mas sim por um sistema de forais e de títulos nobres.
Infelizmente, e como vem sendo hábito, a Autarquia de Sátão cópia normalmente todos os maus exemplos em seu redor.
Vivemos num feudo onde os “servos de gleba”, além de não saberem bem onde a sua talha é investida, também não percebem bem a justiça da distribuição do seu Tributo.
Peço desculpa pelo que vou fazer, mas ao contrário do que manda a regra os nomes serão esquecidos.
Um dos vozeiros do concelho veio anunciar a aplicação da talha, anuncio esse que muito me alegra, pois demostra transparência. Talvez pensando melhor um gato escondido com o rabo de fora.
Por outro lado, parece-me um atentado à moral, estando o país como está, o que tal vozeiro anunciou. Serão justos ou injustos? Deixo ao cuidado da moral de cada um dos leitores.
Num Feudo pobre, onde existem tantos forais, (é certo que uns com mais dimensão que outros, uns com mais unto que outros, mas isso agora não interessa nada), sejam apenas publicados alguns. A lei não obriga a mais, mas a bem da clareza pede-se mais.
As perguntas atrás referidas pedem para ser pensadas… Reflitam sobre elas… Questionem o seguinte: Será justo que quem arrisca a vida por nós não tenha o mesmo tributo de quem não o faz? O reconhecimento, o direito e a necessidade são sempre discutíveis, mas será que a entrega da vida também o é?
Infelizmente tal acontecimento acontece por todo o Reino de Portugal. Tributos que são injustamente distribuídos, direitos adquiridos de forma estranha e, o pior de tudo, é que todos acham tal facto normal.
Mas o que é inaceitável noutros ofícios, em política é bom senso. Como se diz na gíria: uns são filhos e, infelizmente, outros são enteados.

O coordenador da JS Sátão

Ricardo Santos