domingo, 1 de abril de 2012

Saudades


 Saudades! Sim... talvez... e porque não?... 
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
 Que bem pensara vê-lo até à morte 
Deslumbrar-me de luz o coração!  
 
Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! 
Que tudo isso, Amor, nos não importe. 
Se ele deixou beleza que conforte 
Deve-nos ser sagrado como pão!  
 
Quantas vezes, Amor, já te esqueci, 
Para mais doidamente me lembrar,
 Mais doidamente me lembrar de ti! 
 
 E quem dera que fosse sempre assim:
 Quanto menos quisesse recordar 
Mais a saudade andasse presa a mim!                     
  
Florbela Espanca

2 comentários:

Amoridoce by Coradinha disse...

Belo poema...impossível alguém dizer que nunca se sentiu assim... bjs boa semana:)

Anônimo disse...

é verdade ;)
já vi o teu blog e adorei ;) parabens ;)