domingo, 19 de outubro de 2014

Nem por um segundo…



Por mais que abra a janela e deixe o resplendor entrar, por mais que mude o invólucro, por mais que apague as promessas… Nem por um segundo… Nem por um segundo me esqueço…

Tão breve a mutação da brisa, tão suave o aroma… Olho, sinto, saboreio sem sair da minha tarimba… fecho os olhos e voo… Consigo olhar o sorriso tímido no canto da boca… o cabelo que tapa os olhos que brilhavam ao toque da minha pele no rosto. Sinto a pressão na minha blindagem de seda, sinto a vibração das palavras do simples adeus. Saboreio o sabor de menta e canela do recanto do lábio.

Por mais que pense na dor do descuido, na dor da perfídia… Por mais que coloque na libra a vontade do nada, o buraco de alma… Nada me faz nem por um segundo perder…

De que vale a razão? De que vale sensatez? De que vale a liberdade? Quando a nossa morada está longe do peito… Mesmo assim, nem por um segundo abrando…

Cada lágrima cai sem ter sentido, cada respiração pede para ser a última… mas:


NEM POR UM SEGUNDO TE DEIXO DE AMAR!

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